Aprovados em concurso da Polícia Civil pedem agilidade no chamamento

Alice Brito Setembro 09, 2022

Os candidatos aprovados na primeira etapa do concurso da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), para o cargo de investigador de polícia, solicitam agilidade para o chamamento dos aprovados no exame referente ao ano de 2021. Segundo o membro da comissão de aprovados, Thiago Heleno, o pedido atende à necessidade de preenchimento do quadro de investigadores da Polícia Civil, que conta, atualmente, com cerca de 5.500 servidores na ativa, de um total de 11.301 previstos em lei. E mesmo com o déficit no número de investigadores nas delegacias mineiras, o concurso ofertou somente 30 vagas para a função em todo o Estado. Em 2024, serão 8.000 cargos vagos, visto as aposentadorias em andamento. E o mais alarmante é que, até agora, nenhum dos aprovados para o cargo foram chamados para assumirem os postos, conforme explicou Thiago Heleno. "Nós rodamos as delegacias, conversamos com delegados, fizemos nossos levantamentos próprios sobre a necessidade do preenchimento destas vagas. Nosso pedido é que seja feita a convocação para as próximas etapas de todos os aprovados na prova objetiva para investigadores, ficando assim os mesmos à disposição do Estado”, pontuou. Números do concurso Ainda conforme Thiago Heleno, o concurso referente ao ano de 2021 contou com 25.760 inscritos somente para o cargo de investigador. Destes, somente 3.720 foram aprovados, devido ao alto nível de dificuldade da prova. Dos selecionados na prova objetiva, apenas 30 foram chamados para as respectivas funções. Até agora, 3.420 pessoas que foram aprovadas ainda estão à espera. "A sociedade mineira necessita de uma polícia investigativa efetiva. Atualmente, inúmeros inquéritos estão parados, pois não há investigadores suficientes para executar o trabalho. Estamos liderando os casos de feminicídio no país, onde as vítimas não têm a quem recorrer, pois, apenas uma delegacia opera num dos maiores Estados do país, com mais de 800 municípios. É absurda e alarmante a situação dos mineiros”, ressaltou. O representante do grupo aprovado complementou destacando que o valor do concurso. “O certame custou mais de R$ 12 milhões para os cofres públicos. E convocar os aprovados para as próximas etapas, é primar pela eficiência, eficácia e fazer uma gestão consciente dos cofres públicos, já que outro certame não custaria menos que o valor pago", avaliou revelando ter medo de não ser chamado. "Não sabemos quando os aprovados, independentemente da função, serão chamados. Não sabemos quantos desses já passaram em outro concurso ou já desistiram", finalizou. PCMG A Polícia Civil de Minas Gerais foi procurada mas, até o momento, não se pronunciou. O texto será atualizado assim que o posicionamento for recebido.

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